banner-05Autor: J.D. Greear

Diário Ministerial publica este conteúdo na Série: O Que Torna O Trabalho “Cristão”?

Se cristãos agissem em seus empregos com equidade e justiça, só isso já os diferenciaria. Mas aqueles que foram tocados pelo evangelho não tentam meramente abraçar altos padrões éticos; eles vivem suas vidas com uma perspectiva de gratidão radicalmente transformada. O que Cristo fez ao nos redimir para o Pai produz uma resposta natural de graça para com outros.

Eu recentemente ouvi uma história sobre uma jovem recém-formada que conseguiu um emprego na Madison Avenue, em uma das mais prestigiadas firmas de propaganda. Com pouco tempo de empresa, ela cometeu um erro que custou à companhia aproximadamente US$25.000. A Madison Avenue não é um mundo definido pela graça e ela esperava ser demitida no fim do dia. Seu chefe, contudo, compareceu diante da diretoria e os convenceu sobre permitir que a culpa pelo erro dela recaísse sobre ele mesmo. Quando essa jovem mulher ouviu o que o seu chefe havia feito, ela foi até ele em lágrimas. Ela lhe perguntou o motivo pelo qual, naquela atmosfera absurdamente competitiva, ele escolheria colocar seu próprio pescoço no lugar do dela. Ele respondeu compartilhando como Jesus tinha feito algo similar por ele, tomando sobre si a ira que ele merecia. Por causa da grande graça que Jesus mostrou para com ele, ele queria demonstrar uma graça similar para com outros quando tivesse a oportunidade.

Isso significa que devemos enxergar nosso trabalho com um propósito diferenciado. Nós não procuramos mais apenas subir de posição ou maximizar nosso lucro pessoal. Se verdadeiramente tocados pela graça, cristãos empregados começam a usar seus recursos para abençoar aqueles em necessidade.

Alguns cristãos podem contestar uma perspectiva como essa. Graça é algo que se aplica ao âmbito espiritual, eles podem dizer, mas não nos negócios: “Eu trabalhei por aquilo que tenho — eu conquistei!”, eles podem dizer. Uma pessoa pode certamente sentircomo se tivesse conquistado tudo o que tem, mas onde ela conseguiu sua ética trabalhista cabeça-dura? Sua inteligência? Tudo isso é graça de Deus. Por decreto de quem ela cresceu nos Estados Unidos ao invés de nascer em uma favela brasileira? Certamente não foi por seu próprio decreto — isso também foi graça de Deus. O próprio ar que ela respirou e a comida que ela comeu lhe foram dados como presentes da graça. Jesus ensinou que o reino de Deus pertence àqueles que são “pobres de espírito” — aqueles que reconhecem que tudo o que eles têm é um presente da graça. Os “classe-média de espírito,” que creem que estão apenas colhendo o fruto de seu trabalho, não conhecerão nada do reino de Deus, porque eles não têm o conceito da magnitude da graça de Deus em suas vidas. Quando alguém entende o quanto deve à graça, começará a ver cada situação em que estão, seja nos negócios ou na igreja, como um lugar não para ser servido, mas para servir.

O chamado para entregar nossas vidas pelo reino de Deus não é uma tarefa especial de poucos consagrados. Todos os discípulos de Jesus são chamados a verem suas vidas como sementes a serem plantadas para o reino de Deus. Jesus disse que se sua vida fosse uma festa, ela deveria ser dada àqueles que não podem nos pagar de volta. Às vezes eu penso que nós inventamos toda essa linguagem de “chamado ao ministério” para mascarar o fato de que a maioria das pessoas em nossas igrejas não estão vivendo como discípulos de Jesus.


Autor: J.D. Greear é pastor presidente das Summit Churches em Raleigh-Durham, Carolina do Norte. Publicado em http://www.9marks.org/journal/what-makes-work-christian

Traduzido por Alan Cristie e publicado primeiro em:  http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/671/Como_a_Graca_Deveria_Impactar_a_Execucao_do_seu_Trabalho

Author

Sou alguém que não se descreve em poucas palavras. Mas, fique tranquilo! Sou um cara legal... Sou Empreendedor, CEO da TechnoEasy, esposo, pai e servo de Cristo. Tenho a missão de entregar soluções digitais para empresas e pessoas alcançarem o potencial máximo de seus propósitos. Mas, sempre entendo que precisamos encontrar o verdadeiro propósito de nossas vidas em Cristo. Interessado em Tecnologia, Inovação, Empreendedorismo, Marketing, Teologia, Filosofia, Literatura e boas conversas com pessoas interessantes.

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