Um dos mosteiros mais antigos do mundo é o de Santa Catarina. Construído pelo imperador Justiniano para proteger os monges da região, o mosteiro de Santa Catarina está situado no sopé do Monte Sinai, no Egito. As paredes são feitas de granito e têm entre 8 e 35 metros de altura.
Até o século passado, havia apenas um caminho para o mosteiro: a porta minúscula de mais de trinta metros acima do solo. Pessoas entravam neste mosteiro através de um sistema de polias e cordas. O mosteiro em si contém ícones antigos e muitos tesouros. Mas até recentemente, era em grande parte inacessível para o mundo exterior.
Nossas igrejas naturalmente poderão ir em direção a tornarem-se como o mosteiro de Santa Catarina: a fortificada organização sem portas que se concentra em sua própria preservação, em vez de sua missão específica.
Nossos corações tendem em direção ao tribalismo, a tendência para se reunir com pessoas como nós e para refletir a nós mesmos ao invés do coração missionário de Deus. Estamos sempre colocando espelhos em torno da luz do evangelho, quando deveríamos estar colocando janelas.
Colônia do Reino ou Clube de Campo
A igreja tem a intenção de ser uma colônia do céu, vivendo de acordo com o anúncio do evangelho. Mas muitas vezes nós transformamos a colônia do Reino em um clube de campo. Nosso foco passa a ser o conforto e a preservação da nossa tribo, em vez da missão que acompanha o anúncio do evangelho.
Navio de Guerra ou Navio de Cruzeiro
Eu entendo que o povo de Deus pode ter a mentalidade de um navio de guerra ou de um navio de cruzeiro. Ambos podem navegar, mas eles têm propósitos muito diferentes. O navio de guerra existe para os outros. Ele está em uma missão de resgate, programado para penetrar o território inimigo e fazer a batalha para o Comandante. O navio de cruzeiro existe para o conforto de seus passageiros. Luxo e conforto são os valores fundamentais, e todo mundo procura fazer uma viagem confortável e memorável.
Quando adotamos uma mentalidade de navios de cruzeiro, a cruz e a ressurreição de Cristo são reduzidos a uma mensagem de conforto pessoal. O valor fundamental de nossos cultos de adoração é para ser memorável e divertido. Nossos debates teológicos tornam-se defender a doutrina por causa de doutrina, ao invés de ver a reflexão teológica como uma ajuda para cumprir a nossa missão. Em vez de ver nossos encontros como uma base a partir da qual os cristãos individualmente se espalham para o mundo como sal e luz, nós nos fortificamos para fora do mundo exterior e negligenciamos a natureza profética do nossa pregação do evangelho.
Missionário ou Tribal
Tullian Tchividjian explica a diferença entre um povo missionário e um povo tribal:
“O maior valor de uma comunidade com uma mentalidade tribal é auto-preservação. Uma comunidade tribal vive apenas para si mesmo, e são acostumadas em continuar perguntando: Como podemos nos proteger daqueles que são diferentes de nós?
“A mentalidade tribal é marcada por um patriotismo desequilibrado. Ele normalmente eleva preferências pessoais e culturais com os princípios absolutos: Se todos fossem mais como nós, este mundo seria um lugar melhor.
“Mas, em uma comunidade de espírito missionário, o maior valor não é auto-preservação, mas de auto-sacrifício. Uma comunidade missionária vive não principalmente para si, mas para os outros. É uma comunidade que está disposta a ser incomodada e inconveniente, dispostos a gastar-se por outros em nome de Deus. “
Extraído e Traduzido do livro Counterfeit Gospels: Rediscovering the Good News in a World of False Hope de Trevin Wax (Fonte: Newsletter da Crosswalk.com)
Traduzido por: J.Valderio dos Santos
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