Por Jim Mathis
Ao longo dos últimos quinze, vinte anos, tive cerca de uma dúzia de celulares. Quase todos foram substituídos por terem deixado de funcionar. Eles não foram projetados para durar muito tempo. Do mesmo modo, pessoas que eu conheço e que usam computadores, hão de concordar que um equipamento com mais de três anos se torna tecnologicamente ultrapassado.
Por outro lado, quando me apresento como músico, normalmente uso um amplificador de guitarra de 60 anos de uso, e eu o considero bastante confiável. Minha esposa e eu temos em casa mobília com mais de 40 anos e não temos a menor intenção de substituí-la. Elas foram projetadas para resistir a passagem do tempo.
Algumas coisas não precisam ser duradouras porque se tornam obsoletas antes de se desgastarem, como computadores e dispositivos tecnológicos em geral; aparentemente ficam ultrapassados antes mesmo que você faça o trajeto da loja para sua casa. Outras, como embalagens plásticas, têm um período de existência que vai muito além de sua utilidade.
Tenho lutado com essa questão de utilidade e obsolescência porque meu carro está ficando velho. Já acumulou uma quilometragem bem maior do que qualquer um dos outros 34 carros que já tive. Contudo, ele permanece sólido estruturalmente, como no dia em que o comprei 11 anos atrás. E já que ele se encontra em excelentes condições, penso continuar a dirigi-lo.
Apliquemos essa compreensão da natureza temporal das coisas ao reino espiritual. Jesus falou a respeito, instando Seus ouvintes para que não se apegassem a suas posses: “Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam. Pelo contrário, ajuntem riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não podem destruí-las, e os ladrões não podem arrombar e roubá-las” (Mateus 6.19-20).
Jesus falou sobre a futilidade de dedicarmos nossa vida à busca de coisas que se desgastam, são danificadas ou ficam absoletas. Ele estava dizendo que é muito mais sábio focar nas coisas eternas, que jamais envelhecem. E fez um comentário adicional: “Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês” (Mateus 6.21). Jesus, com perspicácia, observou que se o dinheiro e o que possuímos forem nossa prioridade número um, nós nos dedicaremos a buscar e acumular coisas que não podemos reter para sempre.
Em outra ocasião Ele falou a respeito do homem rico que decidiu edificar um grande celeiro para estocar sua colheita abundante e disse a si mesmo: “Você tem abundância de coisas boas acumuladas para muitos anos. Desfrute a vida, coma, beba e seja feliz.” Naquela noite, porém, o homem rico morreu, deixando todas as suas posses terrenas para outra pessoa usufruir. Jesus encerrou com o seguinte comentário:“Isso é o que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas para Deus não são ricos” (Lucas 12.21).
A pergunta é: Estou gastando o meu tempo, energia e talentos primariamente para adquirir coisas que serão descartadas ou perdidas, ou estou investindo em coisas que permanecerão por toda a eternidade?
Fonte: Maná de Segunda
Texto de autoria de Jim Mathis, dono de um Estúdio de Fotografia em Overland Park, Kansas, USA, especializado em trabalhos corporativos, comerciais e artes dramática. Também dirige uma Escola de Fotografia. Jim é autor de “Câmaras de Alto desempenho”, livro para pessoas comuns sobre fotografia digital. Foi dono de uma Cafeteria e Diretor Executivo do CBMC, em Kansas City, Kansas, Missouri. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de José Sergio Fortesr.
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