O autor Gordon MacDonald observa que há, nos relacionamentos, cinco tipos de pessoas. Num primeiro momento, categorizar as pessoas pode parecer meio frio e calculista, mas uma reflexão um pouco mais profunda sobre o tema pode ser profundamente libertadora e pode impactar os nossos relacionamentos de uma maneira fantástica. Vamos ver o que ele diz, e como isso pode nos ajudar:
Mentores: Primeiro, há as pessoas de quem aprendemos, ou mentores. São normalmente mais velhos e experientes, e de certa forma sabem o caminho para onde queremos ir. Nós precisamos buscá-los intencionalmente, investir em oração para encontrá-los e desenvolver relacionamento com eles, pois dificilmente virão atrás de nós.
Amigos Fiéis: O segundo tipo, são os amigos fiéis, aqueles que andam conosco lado-a-lado. São os parceiros de caminhada que compartilham da nossa visão e paixão. Se estivéssemos no exército, seriam os “companheiros de armas”. Aqueles que enfrentam conosco as lutas, e que são amigos o bastante para fazerem perguntas difíceis e nos manterem honestos e na direção certa.
Aprendizes: O terceiro tipo, são os aprendizes ou ensináveis. Pessoas que aprendem conosco. Normalmente mais novos na fé, se apoiam em nós para aprender mais, e desenvolver sua fé e maturidade pessoal. Aqueles em quem fomos chamados a investir.
Legais: O quarto tipo são as pessoas “legais”. Aqueles que usufruem da nossa paixão e visão, mas contribuem muito pouco para ela. São, na verdade, a grande maioria das pessoas, e corremos o risco de passar a maior parte do tempo tentando agradá-las.
Sugadoras: O quinto tipo são as pessoas “sugadoras”, aquelas que sabotam a nossa paixão e visão causando conflitos e buscando conforto e reconhecimento constante. Sempre demandam ser paparicadas e celebradas.
Talvez, ao ler essas descrições, alguns nomes tenham surgido em sua mente. E é exatamente isso que devemos buscar, pois ao compreendermos a posição em que as pessoas se encontram, podemos ajustar nossas expectativas em relação a elas.
Exigindo o que não é possível
O fato é que nos frustramos porque não paramos para avaliar o papel das pessoas em nossas vidas. Quando espero desenvolver com alguém um relacionamento num nível em que não está capacitado a ter, minha decepção será inevitável. Por exemplo, se eu vejo um amigo como um parceiro lado-a-lado, mas ele é na verdade apenas legal, meus investimentos em desenvolver o relacionamento não serão correspondidos, e certamente me frustrarei.
Por outro lado, minha má avaliação pode também colocá-lo em situação difícil, que ainda não está preparado para lidar. Por exemplo, se eu vejo uma pessoa ensinável como um parceiro lado-a-lado, posso facilmente lhe causar sofrimento desnecessário ao inseri-lo em situações além de sua capacidade. Se eu exigir de uma pessoa legal, aprendizado e mudança de vida vou comprometer o relacionamento, pois isso vai além da simples amizade que ela deseja ter.
Desta forma, uma percepção do papel em que as pessoas atuam podem nos poupar sofrer e de causar sofrimento, pois nem nos expomos nem expomos aos outros a situações indesejadas ou a que não estamos preparados.
Mas há também o outro lado da moeda. Qual tem sido o meu e o seu papel diante dos relacionamentos que desenvolvemos? Da mesma forma que devemos investir prioritariamente nos três primeiros tipos de pessoas, precisamos buscar também ser um deles, evitando ao máximo sermos apenas legais, ou pior, sugadores.
Isso não significa que devemos obliterar as pessoas dos dois últimos tipos. Devemos tratá-las com dignidade e compaixão, afinal, elas também podem se tornar pessoas ensináveis e com o tempo grandes parceiras e até mentoras.
Nós precisamos aprender a investir o nosso tempo com sabedoria, e aprender a esperar das pessoas o que elas de fato podem nos oferecer e oferecer o máximo que pudermos a quem, de fato, pode melhor aproveitar. Assim podemos ter relacionamentos saudáveis e bem “resolvidos”, em qualquer nível que seja.
Charles Chaplin disse que “cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, porque cadapessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso”.
Estes são os 5 tipos de pessoas com quem nos relacionamos: Os Mentores – com quem aprendemos,os Amigos fiéis – com quem podemos contar, os Aprendizes (ensináveis) – que estão buscando o crescimento, os Legais – aqueles que querem se divertir, mas nada além disso, e os Sugadores – aqueles que demandam muito do nosso tempo e atenção, mas acrescentam pouco à nossa vida.
Que tipo de amigo você é?
A pergunta que eu preciso fazer é : “onde você se encaixa?”. Que tipo de amigo você é?
Um mentor? Alguém que dá exemplo, mostra o caminho? Um amigo fiel? Alguém com quem os outros podem contar? Talvez seja um aprendiz, lutando para crescer e melhorar, ou uma combinação dos três?
O problema é se você for apenas um Legal, que só procura diversão e nada além, ou pior, um Sugador, que só pensa em si mesmo e nada acrescenta à vida de seus amigos.
Faça essa auto-avaliação. Se você estiver entre esses últimos, é hora de crescer. Repense suas atitudes e rompa com esses padrões de comportamento. Comece tornando-se um aprendiz, investindo no seu crescimento pessoal. Procure um mentor, alguém em quem possa se espelhar e encontrar ajuda. Leia bons livros, assista bons filmes e cresça. Em seguida, comece a investir nos relacionamentos. Logo você se tornará um amigo fiel e com o tempo, um mentor, e seus relacionamentos serão muito mais profundos e satisfatórios.
Se você já está entre os primeiros (mentor, amigo fiel e/ou aprendiz), meus parabéns! Você está no caminho certo. Continue investindo nas pessoas e deixe a sua marca.
Como afirma Charles Chaplin “…cada pessoa que passa em nossa vida deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós…”. Então, que você possa sempre deixar algo muito bom.
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Título do artigo: Os 5 tipos de pessoas – Qual você é?
Autor: Ely Torresin