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Autor: J.D. Greear

Diário Ministerial publica este conteúdo na Série: O Que Torna O Trabalho “Cristão”?

Quando Deus colocou Adão no Jardim do Éden, ele não disse simplesmente para ele se manter longe de certas maçãs podres. Deus colocou Adão no jardim “para cultivá-lo e guardá-lo” (Gênesis 2:15). Lembre-se que Deus disse isso antes da maldição, indicando que o trabalho não era uma punição infligida em Adão por seu pecado, mas era parte do desígnio original de Deus. O primeiro propósito que Deus tinha em mente para Adão não era ler uma Bíblia ou orar, mas ser um bom jardineiro.

A palavra hebraica ‘abad, traduzida por “cultivar,” mostra exatamente o que Deus quer dizer: tem a conotação de preparar e desenvolver. Adão foi colocado no jardim para desenvolver sua matéria-prima, para cultivar um jardim. Cristãos podem cumprir o propósito criado por Deus da mesma maneira, tomando a matéria-prima do mundo e desenvolvendo-as. Isso está acontecendo o tempo todo, tanto por crentes quanto por incrédulos. Empreiteiras pegam areia e cimento e os usam para criar prédios. Artistas tomam cor e música e os harmonizam em arte. Advogados tomam princípios de justiça e os codificam em leis que beneficiam a sociedade.

Este é o plano de Deus. Martinho Lutero, o famoso reformador alemão, coloca desta maneira: “Quando oramos a Oração do Senhor, nós pedimos que Deus nos dê ‘o pão nosso de cada dia.’ E ele nos dá nosso pão diário. Ele faz isso através do fazendeiro que plantou e colheu o grão, o padeiro que transformou a farinha em pão, a pessoa que preparou nossa refeição.”

O que isso significa é que a vocação secular de um cristão ajuda a mediar o cuidado ativo de Deus no mundo. Deus está ativo através do trabalho de uma pessoa para assegurar que famílias estejam alimentadas, que lares sejam construídos, que a justiça seja cumprida. Muitos cristãos trabalham de má vontade quando deveriam festejar o fato de que Deus os está usando, em qualquer que seja o pequeno papel, para cumprir seus propósitos.

Outro grande exemplo disso vem do clássico filme Momentos de Glória. O filme mostra um atleta de corrida cristão, Eric Liddell, em sua preparação para as Olimpíadas de 1924. Em um ponto do filme, Liddell é confrontado com a objeção à sua carreira de que há questões mais urgentes na vida de um cristão do que meramente correr. Liddell responde: “Eu acredito que Deus me criou para um propósito, mas ele também me criou rápido. E quando eu corro, sinto o prazer de Deus.” Em um momento ou outro, enquanto trabalhamos em algo que amamos ou em algo que somos bons, muitos de nós temos um sentimento similar. É como se sentíssemos dentro de nós, bem literalmente: “Eu fui feito para isso.”


Autor: J.D. Greear é pastor presidente das Summit Churches em Raleigh-Durham, Carolina do Norte. Publicado em http://www.9marks.org/journal/what-makes-work-christian

Traduzido por Alan Cristie e publicado primeiro em:  http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/671/Como_a_Graca_Deveria_Impactar_a_Execucao_do_seu_Trabalho

Author

Sou alguém que não se descreve em poucas palavras. Mas, fique tranquilo! Sou um cara legal... Sou Empreendedor, CEO da TechnoEasy, esposo, pai e servo de Cristo. Tenho a missão de entregar soluções digitais para empresas e pessoas alcançarem o potencial máximo de seus propósitos. Mas, sempre entendo que precisamos encontrar o verdadeiro propósito de nossas vidas em Cristo. Interessado em Tecnologia, Inovação, Empreendedorismo, Marketing, Teologia, Filosofia, Literatura e boas conversas com pessoas interessantes.

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