Autor: J.D. Greear
Diário Ministerial publica este conteúdo na Série: O Que Torna O Trabalho “Cristão”?Quando alguém pensa em seu trabalho sendo “cristão,” todo tipo de imagem perturbadora vem à mente:
- Abrir um salão de beleza chamado “Você Muito Melhor” ou uma livraria chamada “E Lias”.
- Fazer momentos constrangedores de evangelismo nas chamadas promocionais.
- Desafiadoramente dizer “Feliz Natal” ao invés de “Boas Festas” na fila do caixa, ou furtivamente dizer “Tenha um dia abençoado” na saudação.
- Colar pôsteres de opções de estudo bíblico no horário de almoço ou enviar spamssobre visões da Virgem Maria no Equador.
Talvez você se lembre do incidente de 2004 com um piloto da American Airlines que, em seus anúncios antes do voo, pedia a todos os cristãos a bordo do avião que levantassem a mão. Ele então sugeria que durante o voo, os outros passageiros conversassem com essas pessoas sobre a fé deles. Ele também disse aos passageiros que ele ficaria feliz em conversar com qualquer um que tivesse dúvidas. É compreensível que isso fazia as pessoas surtarem: o piloto do seu avião falando com você sobre se você vai ou não se encontrar com Jesus?[1] Embora eles pudessem admirar o zelo do cara, muitos empresários cristãos pensam: “Eu acho que eu não conseguiria fazer isso sem ser demitido.”
Muitos cristãos pensam que simplesmente não dá para servir o reino de Deus no trabalho, e que o trabalho desse reino acontece “após o expediente” — voluntariando-se no berçário da igreja, frequentando grupos pequenos, indo a uma viagem missionária, servindo na cantina. A maioria pensa que o nosso trabalho é uma necessidade que deve ser suportada para colocar comida na mesa, e que o interesse de Deus no fruto de nosso trabalho é primariamente que entreguemos os nossos dízimos.
A Bíblia oferece uma perspectiva bem diferente. A Escritura nos ensina como servir a Deus através de nosso trabalho, não apenas após o trabalho. A Bíblia diz palavras claras e radicais às pessoas no local de trabalho, nos mostrando que mesmo o mais subalterno deles possui um papel essencial na missão de Deus.
De fato, certamente não é coincidência que a maioria das parábolas que Jesus contou tinha como contexto um local de trabalho, e que dos quarenta milagres registrados no livro de Atos, trinta e nove ocorreram fora do cenário de uma igreja. O Deus da Bíblia parece tão preocupado em demonstrar seu poder fora dos muros da igreja, quanto dentro.
Quero sugerir cinco qualidades que tornam o trabalho “cristão.” Por “cristão” neste contexto eu quero dizer “feito através da fé em Jesus Cristo.” Portanto, o trabalho que é cristão terá cinco qualidades: (1) cumpre a criação, (2) busca a excelência, (3) reflete santidade, (4) demonstra redenção e (5) avança em missões.
[1] http://www.travelkb.com/Uwe/Forum.aspx/air/2002/American-Airlines-Preaching-Pilot [Em inglês] Encontrado em John Dickson, The Best Kept Secret of Christian Mission (O Segredo Mais Bem Guardado da Missão Cristã) (Zondervan, 2010), 172-173.
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Autor: J.D. Greear é pastor presidente das Summit Churches em Raleigh-Durham, Carolina do Norte. Publicado em http://www.9marks.org/journal/what-makes-work-christian
Traduzido por Alan Cristie e publicado primeiro em: http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/671/Como_a_Graca_Deveria_Impactar_a_Execucao_do_seu_Trabalho