Amados sabemos que tais exigências não são possíveis, pois ninguém pode dar conta de tudo o tempo todo. Os desafios da atualidade têm gerado nos pastores desgastes que por sua vez podem ser somatizados trazendo consequências pessoais, familiares, financeiras, e para o reino. Tenho observado que existe um crescente número de pastores que vem desenvolvendo problemas de saúde devido o desgaste como cuidador ou demonstram a síndrome de Burnout ( descoberta na década de 70).
Sintomas psicossomáticos: enxaqueca, dores musculares ou cervicais, gastrite, úlcera, diarréias, palpitações, hipertensão, suspensão do ciclo menstrual (na mulher), impotência (nos homens), baixo libido tanto nas mulheres quanto nos homens.
Sintomas comportamentais: violência, drogadição medicamentosa, incapacidade de relaxar, mudanças abruptas de humor.
Comportamento de risco (suicídio: conversas que dizem que a vida não vale à pena e questionam: porque Judas não foi salvo? Tal conversa tem como alvo defender o suicídio).
Sintomas emocionais: alto nível de impaciência, distanciamento afetivo como forma de proteção do ego, freqüentes conflitos interpessoais, sentimentos de solidão, irritabilidade, ansiedade, baixa tolerância a frustração, dificuldade de concentração, impotência, declínio no desempenho profissional (pastorado), apatia e negação.
O que fazer?
1) Tirar férias quando possível: O hábito de recarga das energias é importante para todos os seres vivos, mas algumas vezes deixamos de lado e alguns ficam vários anos sem investir em si através de alguns dias de férias. E outros, ainda quando o fazem querem levar membros na sua viagem de férias. Essa atitude por mais nobre que seja tira a privacidade da família pastoral.
2) Investir algum tempo à atividades que lhe proporcionem prazer: Muitas vezes parece quase pecado falar na igreja que temos um Hobby, pois falar de algo que nos dá prazer além de ir à igreja e ler a palavra “ainda” é um tabu. Não podemos esquecer que o ministro e sua família precisam de algum tempo de lazer. Pois esse tempo produzirá descanso mental e uma renovação mental espiritual.
3) Evitar sedentarismo. O sedentarismo tem sido a causa de doenças como: obesidade, diabetes, problemas cardiovascular, entre outros. A atividade física proporciona ao organismo uma ativação de substâncias que estimulam a circulação sanguínea, causando bem estar físico e mental.
4) Evitar um ministério pautado na produção quantitativa: Somos frutos de uma sociedade competidora, ávida pelo sucesso e muitas vezes entramos nesta correria em busca de produção. Não podemos esquecer que a obra não é nossa e sim de Deus, e no demais nem sempre podemos ter como crescimento somente números, existem outros crescimentos além do quantitativo. Queremos produzir para o reino e não viver uma vida de apenas ativismo “sacrificando” a nós mesmo, família e igreja.Que Deus nos ajude a fazer uma bela obra para ele, e se possível com o mínimo de estresse.