Por Robert J. Tamasy
Meu genro e eu recentemente nos empenhamos em um projeto doméstico, aparentemente simples, mas que na verdade teria sido muito mais difícil se não tivéssemos trabalhado em conjunto. Por sua habilidade em mecânica, David poderia realizar a tarefa sozinho. Mas com minha ajuda o trabalho foi feito mais rapidamente.
Ao longo de minha carreira esse princípio manifestou-se repetidas vezes. Quando editor de um jornal dirigia a coleta de notícias, as reportagens e a edição. Mas outras pessoas eram necessárias para tirar fotos, vender anúncios, compor páginas, imprimir, montar os jornais, entregá-los aos leitores, fazer a cobrança e a contabilidade. Ao editar uma revista respondia pelo seu conteúdo e parte dos textos, mas muitos outros contribuíam com artigos, fotografias, ilustrações e outros detalhes importantes. A gráfica recebia o material “cru” e produzia os exemplares. Muitas vezes, ao ver a revista impressa, não podia evitar a observação: “O todo é maior que a soma das partes”.
Parece que o mesmo se aplica ao ambiente de trabalho. Temos responsabilidades específicas, mas muitos outros contribuem para que o resultado final seja alcançado. A Bíblia descreve isto em termos simples: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante… E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa” (Eclesiastes 4.9-12).
Em administração isto se chama de sinergia – forças correspondentes que se complementam. A combinação de forças, talentos, habilidades e experiências visando o bem comum ou um objetivo compartilhado. Com frequência o mundo profissional e empresarial concentra seu foco em “estrelas” –- indivíduos que ascendem a níveis de realização acima de seus pares. Mas mesmo a pessoa mais talentosa necessita de suporte administrativo, contábil e logístico de variadas formas. Eis os benefícios do trabalho em equipe na visão da Bíblia:
Um mantém o outro afiado. Como faca sendo afiada por pedra de amolar, ficamos “afiados” interagindo com outros, mesmo quando isso envolve certa dose de atrito e conflito. “Como o ferro com o ferro se aguça, assim o homem afia o rosto do seu amigo” (Provérbios 27.17).
Dividimos os fardos uns dos outros. Quando trabalhamos isoladamente, a tarefa e a responsabilidade parecem insuportáveis. Junto com outros, o fardo se torna mais leve e parece mais manejável. “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6.2).
Levantamos o ânimo uns dos outros. O trabalho em equipe tem grande valor emocional e psicológico – camaradagem, espírito de solidariedade – bem como benefícios físicos. “E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros…” (Hebreus 10.24-25).
Avançamos na mesma direção. O ideal é que trabalhássemos com pessoas que compartilhassem o mesmo senso de missão, visão e valores. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (II Coríntios 6.14).
Texto de Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA. Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros.Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)
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