MANÁ DA SEGUNDA
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Quinze anos servindo as comunidades empresarial e profissional
Exemplo Memorável de Como Terminar Bem
Por Ken Korkow
Aconteceu há mais de dois anos, mas eu ainda recordo vividamente daquele dia. Estava com o amigo, Dean Parrak, já nos últimos momentos de sua vida na Terra, porque ninguém deve morrer sozinho. Tenho visto pessoas morrerem mais do que gostaria, inclusive nos campos de batalha do Vietnã, mas esse dia foi diferente. Dean queria partir porque sabia, sem qualquer dúvida, que seria o começo da eternidade com Deus.
Anos antes ele sofrera um derrame que o debilitara, confinando-o a uma cadeira de rodas. Vendeu a casa para que, junto com a esposa Jean, se mudassem para onde receberiam assistência e supervisão para sua saúde. Estava presente e o ajudei a descartar placas, troféus e prêmios que ele acumulara como executivo altamente respeitado da IBM. Também se desfez de vários reconhecimentos por seu serviço junto a organizações civis e cristãs.
Para Dean esses objetos eram expressões gentis de apreço. Mas já no fim, nada mais eram senão “coisas” que acumulavam poeira e atravancavam sua vida. Para onde ele estava indo não iria precisar delas. E, considerando seu destino final, ele não as poderia levar consigo.
O que Dean não descartou foi sua fé em Deus. Ao longo de sua vida adulta sua fé lhe servira de âncora, mapa para o caminho e, agora, farol para atravessar as etapas finais de sua jornada terrena. Por anos ele viajara pelos Estados Unidos e o mundo como presidente internacional do CBMC – Conectando Business e Negócios a Cristo, mas agora seu corpo estava restrito ao leito.
Mas a pessoa de Dean jamais ficara confinada. Seu trabalho simplesmente assumiu outra forma, quando se tornou o que ele descrevia como “guerreiro de oração”: começava seu “trabalho” cedo, geralmente às três horas da manhã, orando a Deus por pessoas e eventos específicos em todo o globo.
Observando como Dean se comportou em seus últimos dias, apesar da limitação, não pude deixar de imaginar como enfrentarei os desafios da vida e da minha própria morte?
Aparentemente existem duas abordagens diferentes para essa questão: uma egocêntrica, resumida em cerimônias de graduação, citando o poema “Invictus”, de William Ernest Henley, mais conhecido por suas linhas finais:
Não importa quão estreito seja o portão,
Nem quão repleta de castigos a sentença,
Sou o senhor do meu destino:
Sou o capitão da minha alma.
Dean, porém, tinha uma visão da vida centrada em Deus, e reescreveu o poema de Henley, intitulando-o de “Convictus”. Sua versão concluía assim:
Além deste lugar de ira e lágrimas,
Toldado pelo horror da sombra,
E a ameaça dos anos,
Sem Cristo estaria temeroso.
Não importa quão estreito seja o portão,
Nem quão repleta de castigos a sentença,
Jesus é o Senhor do meu destino:
Jesus é o Capitão da minha alma.
Meu amigo Dean terminou bem, dando seu último suspiro em paz e confiança. Será que faremos o mesmo?